sábado, 18 de fevereiro de 2012

Lendas do esporte

Reproduzo aqui um trecho do livro do técnico da Seleção Brasileira Masculina de Volei Bernardinho " Transformando suor em ouro"
Essa foi uma história vivida pela seleção masculina de volei da Polônia dirigida por Hubert Wagner, figura lendária na história do voleibol, também conhecido como "Carrasco". Depois de se sagrarem campeões mundiais em 1974, os jogadores acomodaram-se. Sabendo que dali a dois anos eles teriam o grande desafio olímpico em Montreal, onde enfrentariam a União Soviética, equipe tricampeã olímpica, e que seus comandados não pareciam muito motivados, Wagner estabeleceu uma inusitada rotina de treinamento.
Criou metas individuais para números de saltos com obstáculos de mais de um metro de altura, utilizando sobrecargas. Tentava levar os jogadores ao limiar de exaustão com exercícios que tinham muito de técnico mas, principalmente, muito de psicológico. Além disso, depois de cada treinamento, Wagner escolhia aleatoriamente atletas, em geral os mais jovens ou menos talentosas, e os criticava duramente na frente dos outros .  Uma estratégia que parecia beirar a crueldade.
A rotina diária de maus-tratos fez com que os craques reagissem à provocação do treinador. Passaram a ter uma atitude de proteção em relação aos companheiros ofendidos e praticamente deixaram de falar com o treinador. O fato e que a estratégia deu resultado: a Polônia, com a equipe mais velha da competição, venceu os soviéticos e se sagrou campeã olimpica.
Ao comemorar, os jogadores se abraçaram, felizes, mas nenhum deles foi comprimentar o treinador. Um jornalista estranhou o gesto dos campeões, mas Wagner explicou. "O único sentimento em torno do qual eu consegui unir e motivar essa equipe foi o ódio por mim." O que ele quis foi desafiar seus jogadores, pois sabia seu verdadeiro valor.
Bernardinho relata. É claro que essa estratégia funcionou numa realidade politicadiversa, numa Polônia totalitária, onde muitas vezes as poucas chances de uma vida melhor advinham do sucesso esportivo. Wagner colocou em risco seu relacionamento com os atletas visando o que acreditava ser o bem maior para sua equipe.
Sua intransigência e sua rudeza aparentes representavam na realidade um ato de "amor". Provavelmente a dor que ele sentia nos momentos de dura repressão era a dor de um pai ao ter que ser rigoroso com seus filhos.
Hubert Wagner morreu de enfarto em 2002enquanto dirigia seu carro em Varsóvia. Era uma unanimidade, considerado por todos , inclusive pelos jogadores que insultara, um "louco genial".

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Uberlândia Esporte inicia a caminhada rumo à elite do mineiro


Amanhã dia 12 de fevereiro inicia a caminhada do Uberlândia Esporte rumo à primeira divisão do campeonato mineiro de futebol, sua estréia será na cidade de Araxá contra a equipe local. Contando com jogadores de muita experiência no elenco o Periquito como e conhecido, chega a competição como um forte candidato ao acesso a elite do futebol mineiro, a equipe que fora de campo conta com uma estrutura de dar inveja a grandes clubes do futebol brasileiro, busca se firmar na elite do futebol nacional.
A segundona do mineiro conta com equipes tradicionais do estado como as equipes de Patos De Minas, U R T e Mamoré, Araxá e a Patrocinense da cidade de Patrocínio que ano passado montou uma equipe forte na disputa.
Boa sorte ao Periquito nessa disputa.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

História de arrepiar

Sempre tenho contado histórias aqui. De todos os tipos. De toda gente. Mas histórias que envolvem torcedores me encantam mais. Hoje, respondendo a perguntas no site Tod0 Poderoso, recebi uma que indagava sobre isso. E prometi ao internauta que iria contá-la no blog. É o que faço agora.
Pacaembu. Corinthians x CRB. Primeiro jogo do Corinthians na série B,  maio de 2008.
Era a semana de aniversário de meu neto. Eu e um dos filhos, preparamos uma comemoração especial para o Bruno. Seus 12 colegas corintianos colegas de classe foram os convidados. Com antecipação comprei ingresso para o batalhão, no setor laranja, bem no meio de campo, ao lado das torcidas organizadas. Cansei de tirar fotos e dar autógrafos. Faz parte. E atendo a todos com respeito e compreensão. Faltando uns 10 minutos para começar o jogo, vejo um senhor idoso caminhando na minha fileira, dirigindo-se e olhando para mim. Devia ter mais de 70, pardo, magrinho, roupas simples e um boné branco. Estava um pouco ofegante. Pediu licança para minha neta e sentou-se ao meu lado. Cumprimentou Bruno e disse : “Dr. eu não quero foto nem autógrafo, mas queria que o senhor escutasse a minha história. Sou corintiano desde menino e moro em Guaratinguetá. Ano passado tive dois enfartes do coração e quase morri. Faz 20 dias, tive o terceiro. Um dia, eu estava na UTI, fechei os olhos e fiquei pensando na vida, na família, nos amigos e no Corinthians. Minha mulher sentada ao lado, pensou que eu estivesse dormindo. Entrou o caridologista e continuei de olhos fechados. Ele também pensou que eu estivesse dormindo e disse para minha mulher, que ia ser difícil escapar dessa, mas do próximo, eu morreria mesmo. Não abri os olhos para eles não se sentirem culpados por eu ter escutado aquilo. Mas melhorei, tive alta e hoje tomo uma porção de remédios. Mas sei que meu fim está próximo. Então pedi a meu cunhado ( e apontou o dedo para um senhor que estava um pouco abaixo e prestava atenção, sem poder ouvir, aquela conversa) que me trouxesse a este jogo. Sabe o que eu vim fazer aqui, doutor ?”
Eu não tinha resposta para aquela pergunta e ele concluiu :
“Vim me despedir do Corinthians, doutor ! ” Me deu um abraço e foi-se em passos curtos, alquebrado, pedindo licença às pssoas daquela fileira. Minha neta Giulia sentou-se e com o carinho de sempre, apertou minha mão e disse : ” Não vai chorar vô, que o jogo já vai começar.
Tenho as feições desse homem perfeitamente gravadas na minha memória. Seria capaz de reconhecê-lo num Pacaembu lotado. Sempre pensei muito nessa conversa e nunca poderia imaginar que alguém fosse se despedir do time que torce. Mas já tomei uma decisão. Um dia vou fazer a mesma coisa !

Fonte drosmar.com blog do Dr Osmar de Oliveira

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Grande amigo.


Hoje um grande amigo meu esta fazendo aniversário, digo melhor! Um grande goleiro completando 19 anos de idade, Manoel Quirino que me trás grande recordação em nossa conquista da Copa Amvap De Futsal, aonde ao entrar na partida aos 5 minutos de jogo.  Após perder a titularidade do gol da equipe na final Manoel estava no banco e ao ter o nosso goleiro expulso, ele entro no jogo, e com uma determinação enorme fechou o gol, demonstrando uma personalidade tamanha ao longo do jogo. Demonstrou um caráter enorme e uma humildade tamanha, sempre uso ele como um grande exemplo para os goleiros com os quais trabalho. Fica aqui meu amigo o registro de carinho e satisfação de poder ter participado de bons momentos. Na foto iniciando na esquerda, Josemar, Manoel e Eduardo. Manoel com o troféu de melhor goleiro da competição.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Goleiro de futsal.


Muitos dizem que é a arte de ser espancando gratuitamente e sem piedade, mas para os que atuam debaixo das balizas e a arte de ser diferente dos demais jogadores. De fazer o impossível parecer simples, querer carregar a fama de um “Santo Milagreiro” com defesas que ninguém jamais imaginava que poderiam ser feitas.

Certa vez ouvi em um desses jogos que acompanho um jogador de linha dizer, “não sei qual é a graças desses caras em levar uma bolada na cara e sair gritando pulando como senão estivessem sentindo dor.” Imaginei deve ser porque estragar com a festa dos outros e bom demais! Pois o goleiro esta ali debaixo da baliza para evitar o principal objetivo do jogo, aquilo que mais alegra ao torcedor que é o gol.

Geralmente o goleiro tem que estar preparado para tudo, tanto para o bem quanto para o mal! Ser considerado o herói ou o vilão da equipe, estar sempre disposto a errar e logo em seguida se recuperar de maneira que seu erro possa ser esquecido, estar disposto a viver a beira do abismo buscando sempre manter-se de pé. Características inerentes aos goleiros de futsal: ter uma boa velocidade de reação, coragem, destreza motora, agilidade, bom controle emocional, ter liderança diante dos colegas de equipe e pra mim o principal que é gostar da posição que escolheu que á a de goleiro. Fundamentos técnicos do goleiro de futsal, posicionamento, deslocamento, pegadas alto/média e baixa, queda lateral, saída de gol, jogo de quadra e defesa com os pés. Essas são as principais características de um goleiro de futsal, estarei colocando a explicação de cada uma delas em breve no blog.
Foto do goleiro Lavoisier goleiro que e arrojado, corajoso.